LINO VINHAL – administrador do GRUPO MEDIA CENTRO, é o convidado desta
semana de Dois Dedos de Conversa.
Informação é pilar da sociedade
“Se hoje não fosse a comunicação social a ter algum grau de exigência, imagine-se onde nós estaríamos e para onde caminhávamos”, destaca Lino Vinhal, para sustentar que “a informação é um dos pilares mais sólidos das sociedades modernas e eticamente suportadas”.
“O escorregar do país, a perda de valores, a acomodação a certas práticas, fez-me criar pela informação mais respeito”, refere o jornalista e líder do Grupo Media Centro no programa “Dois dedos de conversa”, realizado na Góis Joalheiro e a transmitir domingo (dia 9), entre as 12h00 e as 13h00, na Rádio Regional do Centro (96.2 FM).
A propósito de alguns casos mediáticos, Lino Vinhal nota que “se não houvesse a comunicação social não se saberia de muitos grandes crimes, socialmente comprovados, que foram cometidos e nunca dão em nada”. Na base do semanário “Campeão das Províncias” esteve a intenção de “se poder fazer alguma intervenção mais visível e de se estar atento à vida pública em Coimbra”, justificou, realçando que “alguns julgamentos que estão a começar não chegariam, provavelmente, a decorrer”.
Caracterizando Coimbra como “uma cidade média, de grande valor, mas com um estatuto de acomodação por viver muito do Orçamento de Estado”, o director do “Campeão”, do “Despertar” e da Rádio Regional do Centro, diz que “a política local desceu a um nível infantilizado e perdeu força”. “Ao vulgarizar-se a sede do PS e a do PSD e ao fechar-se a da Antero Quental, afastou-se muita gente, nomeadamente do meio académico, e instalaram-se pessoas que só querem dinheiro e ganharam muito”, comenta.
Lino Vinhal evoca o tempo em que estava à frente do “Diário de Coimbra”, para recordar que “o jornal foi objecto, na altura, dos primeiros actos de corrupção no país”. “Foi miseravelmente roubado na atribuição da licença de rádio, a classe política portou-se mal e começou aí a