Seis pessoas morreram na tarde desta quinta-feira (10), após a queda de um helicóptero turístico no rio Hudson, entre Nova York e Nova Jersey, nos Estados Unidos. As vítimas foram identificadas como Agustín Escobar, CEO da Siemens Espanha, sua esposa Mercé Camprubí Montal, os três filhos do casal — de 4, 5 e 11 anos — e o piloto da aeronave. A tragédia chocou a cidade e gerou comoção internacional, especialmente pela presença de crianças entre os mortos.
Segundo informações divulgadas pelo prefeito Eric Adams, a família fazia um passeio aéreo turístico pela cidade de Nova York a bordo de um helicóptero da empresa New York Helicopter. Um jornal espanhol afirmou que uma das crianças estaria completando aniversário no dia do acidente. Fotos tiradas momentos antes do voo, com a família sorridente, têm circulado nas redes sociais como as últimas imagens registradas das vítimas com vida.
O acidente aconteceu por volta das 15h15 (horário local) e testemunhas relataram que a aeronave já apresentava sinais de colapso no ar antes da queda. Bruce Wall, que presenciou o acidente, contou à imprensa que viu o helicóptero "caindo aos pedaços", com a cauda e as pás do rotor se soltando ainda no ar. Outro relato, de Lesly Camacho, recepcionista de um restaurante à beira do rio, descreveu a aeronave "girando descontroladamente" e liberando muita fumaça antes de atingir a água com violência.
Imagens registradas por câmeras e publicadas nas redes sociais mostram o helicóptero parcialmente submerso, de cabeça para baixo, no rio Hudson. No momento do acidente, a temperatura na cidade estava abaixo dos 10°C, o que pode ter dificultado operações de resgate. As autoridades foram acionadas rapidamente e chegaram ao local por volta das 15h17.
O Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB) confirmou que já iniciou a coleta de dados para investigar as causas do acidente. Especialistas afirmam que a frequência de voos turísticos e privados sobre Manhattan — uma prática comum devido ao grande número de heliportos na região — aumenta o risco de acidentes como esse.
O episódio relembra o famoso "Milagre do rio Hudson", em 2009, quando um avião da US Airways precisou pousar no rio após uma pane nos motores causada por aves. Na ocasião, todos os 155 ocupantes sobreviveram, graças à ação do piloto Chesley "Sully" Sullenberger, cujo feito virou filme e entrou para a história da aviação.
Desta vez, porém, o desfecho foi trágico. A comoção é grande tanto nos Estados Unidos quanto na Espanha, país de origem da família. A Siemens, empresa dirigida por Agustín Escobar, ainda não se pronunciou oficialmente.
