O partido xenófobo alemão AFD deverá tornar-se a terceira formação política do país nas eleições do próximo domingo, mas sem possibilidade de integrar uma futura coligação com a favorita das sondagens.
Angela Merkel rejeitou ontem qualquer possibilidade de aliança com o AFD (Alternativa para a Alemanha) ou com a esquerda do “Die Linke”, durante uma ação de campanha em Berlim dedicada à família e às crianças.
Um ato coroado por outro estudo de opinião que revela outra vitória para a Chanceler, dada como candidata favorita com 28% das intenções de voto entre os menores de 18 anos, com 8% de vantagem face ao seu rival social-democrata, Martin Schulz.
O inquérito, batizado “eleições das crianças”, revela ainda que, a leste, 16% dos menores não escondem a preferência pelo AFD, nos estados da Saxónia e Turíngia.
A uma semana do sufrágio, as últimas sondagens, desta vez entre os adultos, colocam a formação xenófoba e eurocética – 11% – à frente dos liberais-democratas do FDP, com 9% de intenções de voto, e dos ecologistas, com 8%.
Os verdes, que poderiam integrar uma coligação pós-eleitoral com a CDU e o FDP, consideraram ontem que uma aliança entre conservadores e liberais seria um “retrocesso social” e que uma nova coligação com os sociais-democratas, representaria mais “quatro anos de imobilismo”.